O projeto "VIDAS, GENTES E OUTROS DESENHOS", do artista plástico paraense Maciste Costa, já está em processo de finalização das telas que serão apresentadas para o público paraense na exposição de mesmo nome. O Banco da Amazônia patrocina o projeto, que tem como proposta retratar as vidas e gentes da Feira do Ver-o-Peso. A previsão de abertura da exposição é 20 de maio, no Espaço Cultural Banco da Amazônia. Enquanto isso, a gente mostra aqui algumas das imagens disponíveis e um ping-pong rápido com Maciste Costa sobre assunto.
Vendedora de mingau/Ilustração: Maciste Costa |
A ilustração foi construída a partir de uma incursão que fiz com o Daniel [a Rocha Leite, escritor paraense e amigo de Maciste] há uamas 3 ou 4 semanas mais ou menos, para colher materiais para a exposição.Falando de vida, durou 46 anos. Artisticamente, não consigo mensurar o tempo, faço em várias etapas e olhares, até algo me dizer que está realmente "pronta", não sei que algo é esse.
- Como tem sido o processo de criação das telas? Costumas tirar fotos do que vais desenhar para ter como base ou desenhas a partir de impressões e lembranças?
Tiro fotos, mas, não as uso. Prefiro deixar minhas digitais em cada risco, cada aguada, cada poesia, cada vivência e lembrança.
- Pra quem não conhece teu trabalho, como definirias o que fazes?
Defino como poesia...
- O que consideras a principal marca do teu trabalho?
A principal marca do trabalho é a palavra, em outras formas e signos.
- Você já disse que os desenhos para essa exposição seguem um conceito mais contemporâneo. Poderias explicar melhor isso para que o público possa compreender?
Eu, particularmente, não gosto desse rótulo 'comtemporâneo'. Faço meu tralho no viés da poesia e, pela poesia, nua e crua. Eu vejo a arte pelo prisma do depreendimento, posso fazer um retrato altamente acadêmico, como posso fazer também, apenas riscos sujos, nódoas, com a mesma carga de emoção. Quanto a linguagem, conceito...deixo a cargo do intelecto de cada um.
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